O futuro das fontes renováveis de energia para os países em desenvolvimento
Parece que num futuro mix energético é improvável que uma tecnologia
de energia renovável única seja dominante. Seria imprudente apostar em
um vencedor, embora os proponentes muitas vezes poderiam discordar.
A energia renovável não tem um fim
em si mesma. Ele é um modo de
fornecer serviços de energia de uma
forma socialmente e ambientalmente
sustentável, pelo mínimo custo de
ciclo de vida. O planejamento de
energia integrado é um subconjunto
do planejamento de recurso integrado, onde o suprimento de recursos é
combinado com a demanda.
A competição de recursos dentro de
nações e entre nações não exclui a
cooperação. Na natureza, simbiose e
cooperação são mais frequentes do
que o esperado. As entidades que
são tanto flexíveis quanto eficientes
energeticamente tendem a ser concorrentes mais prósperas. Por isso,
as nações em desenvolvimento podem melhorar o seu bem-estar sendo
mais eficientes energeticamente e
menos dependentes dos combustíveis fósseis. O uso de fontes renováveis de energia estimula esta tendên-
cia. Deste modo, é possível enfatizar
o próprio benefício ao mesmo tempo
em que se realiza o bem comum.
Os governos têm um horizonte de
planejamento mais longo do que os
interesses individuais e comerciais.
As suas políticas são ou deveriam
ser construídas baseadas em previsões de longo prazo. Os seus próprios investimentos em construções e
outras aquisições devem refletir consequentemente esta perspectiva,
baseada no menor cálculo de custos
do ciclo de vida, inclusive os custos
totais de externalidades.
Os governos existem dentro de contextos regionais, continentais e internacionais, que trazem com eles interações mútuas e obrigações. Alguns
desses contextos e interações ajudam na transição para o uso de fontes renováveis de forma rápida, ordenada e segurada, os outros impedem. Nas suas interações, os governos sábios têm de pensar, e criar,
situações de vitória.
Embora o mercado seja um condutor
forte, os fracassos de mercado realmente ocorrem no campo da energia.
Assim, os governos evitam e corrigem tais fracassos de mercado. Conhecer o preço do kWh não reflete o
valor de um serviço de energia.
Até o momento, a experiência também mostrou que não se pode confiar em uma política única. Um bom
sistema de políticas complementares
e medidas é necessário. Também
não se pode esperar que o Governo
Federal possa fazer isso sozinho.
Vários níveis do governo bem como o
setor privado têm que trabalhar em
acordo, ou pelo menos através de
uma competição construtiva.
Mesmo as melhores políticas são de
pouco uso se elas não estiverem
sendo aplicadas constantemente. As
capacidades dos países em desenvolvimento são severamente limitadas. Resulta disso que as leis de
fontes renováveis de energia devem
ser fáceis de controlar e de serem
cobradas.
Muitos cientistas independentes confirmaram que a transição para o uso
de fontes renováveis de energia é
necessária, urgente e técnico-
economicamente factível, embora isto
possa parecer tão improvável a alguns, como era inimaginável há não
tanto tempo atrás que o homem
pudesse caminhar na lua.
O período de transição é sempre um
período turbulento no qual a reação
humana mais natural é de pânico e
de aderir ao habitual, adiando, pelo
medo de tomar a decisão incorreta.
Contudo, a decisão de procrastinar é
também uma decisão muitas vezes
incorreta.
A transição mundial para a nova era
não irá esperar pelos países em desenvolvimento que se atrasem. Esta é
a escolha própria de indivíduos, famílias, comunidades, companhias e
nações se eles querem ser perdedores ou vencedores na era solar. No
futuro, algumas pessoas vão olhar
para trás e irão sorrir.
domingo, 18 de agosto de 2013
O futuro das fontes renováveis de energia
Fonte: http://www.ises.org